segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Bruno no Rio

Como já foi mencionado, o Bruno Galvão abandonou temporáriamente os palcos, desta feita para apostar na sua formação.

A ideia de alargar horizontes era constante e este foi o momento indicado para isso, assim sendo o Bruno rumou ao Rio de Janeiro para fazer cursos intensivos de interpretação para cinema e televisão.

Apesar de ser "carioca", nunca tinha ido à sua cidade natal numa perspetiva profissional, por lá
estudou na Oficina de Atores do Rio de Janeiro, onde teve vários professores que colaboram com a Rede Globo, tendo o diploma de distinção nos cursos de "Interpretação para Tv e Cinema" e "Teatro".
Fez também um curso de Dobragem de filmes e desenhos animados. Teve aulas de canto, trabalhando repertório de Bossa Nova, MPB e Jazz com a cantora Alma Thomas.
Colaborou com a O.N.G. "Fazendo Arte" no morro do Turano.
Além da experiência pessoal, profissional e dos vários contactos que o Bruno teve, tem que se destacar a oportunidade de assistir (na 1ª fila) ao concerto do Djavan e ter tido a oportunidade de conhecer toda a sua equipa. Além deste concerto, Bruno teve a sorte de conseguir estar na "Caixa Cultural do RJ" no dia do Pau Brasil e Renato Braz; Viu também Paula Morelenbaum e João Donato no lançamento do seu novo cd e ainda Zeca Baleiro e Zélia Duncan juntos no mesmo palco!

Das muitas peças de teatro que foi ver, o Bruno realçou "Antes da Coisa toda Começar" - CCBB - "Ptérodátilos" - Teatro das Artes - "Teatro dos Sentidos" - CCRJ - e o musical "Hair" - Teatro Oi Casa Grande.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bruno Galvão comunica que abandonou oficialmente a companhia de Filipe La Feria. Por vontade própria, e com o consentimento do encenador, Bruno Galvão deixa de trabalhar como cantor/actor na companhia. O último espectáculo do Bruno na companhia foi no passado dia 19 de Setembro, no musical "Annie", tendo interpretado um dos papeis protagonistas, "o milionário Oliver Warbucks".

Para trás ficam quase 4 anos, 6 produções e perto de 1000 representações... para a frente avizinham-se novos projectos, pessoais e profissionais!


Novidades para breve, aguardem :)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Annie


“Annie” é o musical de enorme sucesso na Broadway e no West End em Londres. A história de “Annie” foi baseada numa das mais populares bandas desenhadas “Little Orphan Annie” (Annie, a pequena orfâ)que conquistou gerações de leitores.

Com actores como Noémia Costa, Rui Melo, Bruno Galvão, Sissi Martins, Ruben Madureira, Gil Neto, André Lacerda entre outras caras conhecidas dos musicais de La Féria.


Video: http://www.youtube.com/watch?v=GfW6tdsE-8Y

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Bruno Galvão e Paula Sá em entrevista ao jornal Audiência

PAULA SÁ É “CHELSEA” EM “A CASA DO LAGO”
“Se me tiram o palco, tiram-me o chão”


O sentido de humor é latente e o sorriso nos lábios quase não desaparece. Ganhou-o no dia em que conheceu a música e o espectáculo, no dia em que só não venceu a Sara Tavares no programa “Chuva de Estrelas”, porque o destino assim não o quis. Daí até hoje, os palcos são a sua casa, Lisboa tornou-se o seu refúgio e Filipe La Féria o seu “protector”. A memória instantânea dos espectadores portuenses recorda-a como Marlene em “Piaf”, mas não é preciso muito esforço para a ver, até 7 de Fevereiro, como Chelsea em “A Casa do Lago”.

Como é que conheceu o mundo do espectáculo?
Aos 13 anos fui impelida pelos meus pais e pela minha família para ir ao programa “Chuva de Estrelas”. Eu cantava em casa, nas festinhas de família, e quase me subornaram para ir ao programa (risos). Fui seleccionada e acharam-me piada por ser uma miúda tão nova. Fui cantar uma música muito actual e acabei por ficar em segundo lugar, logo a seguir à Sara Tavares, que
venceu o programa. E foi aí que “o bichinho” entrou. A partir daí já não queria saber das aulas
porque me convidavam para gravar discos.

Quando é que se deu o encontro com Filipe La Féria?
Fiquei completamente encantada e, de certa forma, iludida por este meio, até que surgiu o convite do Filipe La Féria para ser convidada especial do “Cabaret”, um programa semanal que ele fazia para a RTP. Fui e adorei aquele tipo de teatro estilo revista, adaptado à televisão. Depois fui para casa muito desgostosa, porque o que eu queria era cantar e estar no palco. A esta altura já estava tudo conciliado com ensaios de bandas de garagem. A partir daí nunca mais me consegui desligar da música. Depois fui convidada, também pelo Filipe La Féria, para fazer uma ópera rock juvenil para televisão. Lá fui para Lisboa e, em vez de três meses, a série durou um ano. Nesse ano consegui fazer muitos contactos, conhecer muita gente do meio artístico e até agora é lá onde estou. É lá a minha casa. Três meses passaram a ser 15 anos.
Da música saltou para os palcos.

Tem formação na área?
Sim, a partir de uma certa altura estive envolvida numa série de projectos e senti que os meus pés não estavam no chão, que me faltava o que é mais importante: a formação. Por minha iniciativa inscrevi-me na Escola Profissional de Teatro de Cascais, que é dirigida pelo Carlos
Avillez. Estive lá três anos num curso técnico-profissional de representação. Adorei, porque foi
um auto-conhecimento, foi descobrir- me a mim própria e enquanto actriz, que era uma coisa
que não estava bem explorada. A partir daí, foram sempre surgindo novos trabalhos. Nunca deixei de trabalhar. Fiz alguns trabalhos para televisão, fiz galas para a RTP, com o Filipe La Féria, fiz o “Amália”, trabalhei com os Casinos Solverde. Fui sempre buscando novas experiências.

Nem todos os actores se podem gabar de não terem momentos de paragem. O que é que é preciso para que assim seja?
Eu acho que é preciso nós abrirmos “o leque”. Eu não me sinto condicionada a fazer só um certo tipo de trabalhos. Sou cantora, à partida poderei fazer tudo. Tanto faço trabalhos em discotecas, como trabalhos de estúdio, dobragens, coros para outros artistas. Tudo o que houver dentro dessa área, eu faço. Acho que aí é que está o segredo de eu estar sempre a trabalhar.

Participou em diversas produções de Filipe La Féria para televisão mas, com excepção do “Piaf”, não a vimos nos musicais que La Féria trouxe ao Porto nos últimos três anos.
Porquê?
Desses grandes musicais, eu entrei no “Amália”. Depois fui chamada para fazer o “My Fair Lady” mas, até então, eu também só tinha trabalhado com o Filipe La Féria. E quando me surgiu a
oportunidade de mudar e de agarrar outras oportunidades, mesmo estando nesse grande musical, o “My Fair Lady”, senti que era a altura de abrir outras portas. Então fui trabalhar para o Casino, com uma produtora inglesa, que também me abriu portas para outras coisas grandes
que eu também gostava de fazer. Essa produtora, a Belinda King, tem o domínio dos cruzeiros
a nível internacional e isso interessava-me. Mas o afastamento do Filipe [La Féria], foi um
afastamento cordial.

É saudável afastar-se de Filipe La Féria?
Claro que é. Mas também é saudável manter sempre esta ligação. Sinceramente eu não tive medo de me afastar. Ele sempre foi o meu “protector”. Mas eu também tinha que me descobrir
noutras vertentes. Até então, o Filipe [La Féria] também nunca me tinha dado grandes papéis.
Eu senti que tinha que evoluir para depois voltar com outros conhecimentos, para ter ainda mais para lhe dar. E acho que foi isso que aconteceu. Quando voltei, um bocadinho mais madura,
com mais conhecimento sobre mim e sobre a profissão, ele surpreendeu-se e também me recompensou com “A Casa do Lago”. Por isso, estou contente, e acho que é salutar e aconselho a todos ir e voltar. O La Féria tem também um método muito preciso. Se estivermos sempre sujeitas a esse método, nunca vamos conseguir descobrir mais coisas em nós, se bemque ele é primoroso, é muito exigente, é muito profissional e acho que conseguimos sempre evoluir muito com ele.

Já teve o papel da sua vida, em palco?
Ainda não. Mas também ainda é cedo. Vou tendo sempre um bocadinho desse papel em cada
personagem, mas o papel marcante ainda não chegou.

Se pudesse escolher entre a música e a representação, qual escolheria?
Impossível. Agora que estou a fazer teatro, sinto imensas saudades de cantar e quando estou a cantar, sinto saudades de fazer teatro. Isto é uma paixão que está muito interligada. Se me
tiram isto, tiram-me o chão, porque acho que não sirvo para mais nada (risos). Tenho que pensar muito bem no que fazer quando não tiver mais forças para estar em palco. Questiono-me
muitas vezes sobre isso.

E também se questiona sobre o que fazer quando “A Casa do Lago” se for embora do Porto?
Não sei o que vou fazer. Esta profissão é ingrata nesse aspecto.
Esta intermitência já nos deixaum pouco ansiosos. E eu já estou nervosa por saber que o espectáculo vai terminar a 31 de Janeiro. Mas também que sei que é natural ficarmos, às vezes,
um mês à espera do próximo trabalho, é natural termos que ir bater às portas para ver o que vai surgir no momento, quais são os projectos que podemos agarrar futuramente. Se bem que temos sempre surpresas boas pelo caminho, o que em outras profissões talvez não tivéssemos. No dia 8 de Fevereiro, sei que vou descansar e estar com a família. Tenho sempre coisas para fazer, coisas pontuais marcadas. Agora estou a dar prioridade ao meu trabalho com o Filipe La Féria. Se ele quiser o meu trabalho, eu estou disponível para ele, se o projecto me aliciar. Senão, vamos às coisas mais pequenas, que há aí muito trabalho para fazer e eu nunca me arredo dessas coisas.

Essas portas a que têm que bater quando não têm o que fazer estão em Lisboa?
Estão. Para já, estão. O Porto tem um núcleo muito fechado, ainda não está muito aberto a caras
novas. Eu cheguei a trabalhar aqui pontualmente, no SeivaTrupe, no Sá da Bandeira, mas coisas muito pontuais. A verdade é que o meio televisivo está em Lisboa e isso gera muito mais movimento e dá-nos mais oportunidades.

E o público do Porto, não compensa isso?
O público do Porto é diferente, é mais caloroso, mas o de Lisboa é mais desinibido. No Porto, se
apresentarmos um espectáculo que agrade, não há público como este, que vibra, acolhe, não tem
medo de bater palmas e vai em massa. O público de Lisboa é diferente, mas acho que ambos são bons.

Há pouco falou de ilusão. Acha que hoje em dia esse sentimento é um risco que pode afectar os talentos mais jovens? O que lhes aconselha, já que também conheceu o mundo artístico muito nova?
Uma coisa muito importante é nós formarmo-nos minimamente. Antes de partirmos para o meio profissional, devemos ter sempre bases, quer a nível de canto, quer a nível de representação.
Isso dá-nos uma resistência muito maior, dá-nos outras capacidades psicológicas para aguentarmos a pressão de estar em palco, para corresponder às expectativas do público e dos
produtores. E isso é bom, porque é o nosso auto-conhecimento, a nossa capacidade de lidar com
problemas que surjam no dia-adia. Ainda bem que eu vi isso, ainda que tenha sido seis anos após
estar no meio. Antes disso senti que fui um pouco manipulada e tenho pena que ninguém me tenha empurrado para uma escola, mas eu acho que consegui pôr os pés no chão e inscrever-me. Quando saí, senti-me com outra bagagem e capaz de tudo.

É verdade que foi convidada para participar no Festival da Canção?
No ano passado, fui convidada para concorrer ao Festival com a letra de Simone de Oliveira, mas
não chegamos a conseguir. Este ano tive uma abordagem, através do Facebook, mas eu respondi
que não tinha interesse por estar envolvida noutros projectos. Mas o festival já não é o que era, as músicas estão sempre condicionadas, é o público que decide. É preferível arredar-me e ficar a ver.

BRUNO GALVÃO, “BILL” EM “A CASA DO LAGO”
“«A Casa doLago»” é a cerejano topo do bolo”


Na vida em palco, é Bill, o simpático e amedrontado dentista quecobra 40 dólares à consulta. Na vida real, é apenas o gaiense Bruno Galvão. O nome pode não dizer muito, é ele o próprio a admiti-lo, mas o currículo não engana e aponta-o como uma das escolhas de sempre dos musicais de Filipe La Féria. Desde “Jesus Cristo Superstar”, quando foi Pilatos por 414 espectáculos sem
substituição, Bruno Galvão não tem dúvidas de que o teatro é a sua grande paixão. De pés assentes na terra e de costas voltadas para as luzes da ribalta, o jovem actor que deixou os recursos humanos para se dedicar à paixão, ainda acredita que há muita cultura para
entrar numa cidade de Gaia grande e repleta de potencial.


É um daqueles que passaram por quase todas as peças de Filipe La Féria. De todo esse vasto currículo, em que lugar das suas emoções se encaixa “A Casa do Lago”?
É um desafio, uma surpresa, um estilo diferente. É como se fosse a cereja no topo do bolo, porque é teatro e eu nunca tinha feito teatro. Está a ser uma experiência fantástica, diferente a todos os níveis: a nível técnico e da reacção do público. Trabalhar num grupo pequeno, também está a ser muito bom.

Uma vez que só tinha feito teatro musical até há bem pouco tempo, está a descobrir-se?
Eu estou a nascer, a começar de pequenino. É isso que eu sinto.

Tem saudades da música e dos musicais?
Tenho. Mas a música não pára, nem que seja no camarim, antes de entrarmos em cena. Fora do
teatro vou fazendo algumas coisas e esta experiência está a ser tão gira e diferente que, para já ainda não estou a sentir a falta da parte musical.

JESUS CRISTO SUPERSTAR:
“Devia voltar”

No “Jesus Cristo Superstar” foi um dos actores que nunca foi substituído. Como é que recorda essa experiência?
Sim, fizemos 414 espectáculos. Um papel mais a sério do que Pilatos não dá. Tive muita sorte,
porque o Jesus Cristo Superstar foi o primeiro musical que eu vi, o Pilatos foi a personagem que eu mais gostei de ver e, quando houve o casting, fiquei com a personagem.
Por isso, melhor não poderia ter sido.

Foi o papel da sua vida?
Não digo que tenha sido o papel da minha vida, mas foi a realização de um sonho de criança.

“Jesus Cristo” devia voltar?
Muita gente diz isso. O “Jesus Cristo” foi um sucesso, o público continua a falar dele, mesmo após
estas peças todas. E nós também falamos. Eu e os colegas gostaríamos de o voltar a fazer, mas a
decisão não é nossa.

Voltar ao Porto ou a Portugal?
Seja onde for.

Depois de ter percorrido Portugalem digressão com o “Jesus Cristo Superstar”, como é que se deu a entrada no “Um Violino no Telhado”?
Mal terminei o “Jesus Cristo Supertar”, tive umas “longas” férias de quatro dias, outros quatro dias de ensaios e entrei imediatamente em palco.

Porque é que não entrou n’ “A Gaiola das Loucas”?
Eu ainda cheguei a fazer workshops para “A Gaiola das Loucas” durante uma ou duas semanas,
mas entretanto foi quando apareceu a hipótese de fazer o “Piaf”.

Foi uma decisão sua entrar no “Piaf” e não n’ “A Gaiola das Loucas”?
Não, não foi uma decisão minha. Ficou satisfeito ou preferia ter ficado n’ “A Gaiola das Loucas”?
Agora que já passou, fico muito satisfeito mesmo. A “Piaf” foi uma grande peça, gostei de conhecer pessoas novas, foi uma oportunidade para voltar a Lisboa (porque eu gosto de trabalhar em Lisboa) e fazer uma série de papéis diferentes na mesma peça é muito bom para crescermos.

Tem formação em Gestão de Recursos Humanos. Algum dia a pôs em prática, ou a paixão pelos palcos sempre falou mais alto?
Eu tirei o curso porque levava a música um bocadinho como um “hobbie”. Na prática, nunca exerci gestão de recursos humanos, mas uso um pouco daquilo que aprendi noutras coisas que faço como a organização de eventos, agenciamento de artistas.

Vê o seu futuro a gerir recursos humanos ou no espectáculo?
Vejo na área do espectáculo ou, pelo menos, vou trabalhar para isso.

E gerir a carreira dos colegas pode ser uma profissão de futuro?
Acho que pode vir a ser. Já pensei em levar isto mais a sério, mas neste momento não é possível.
Mas, sim, pode ser um projecto de vida.

O “Feiticeiro de Oz” foi a primeira peça infantil em que participou?
Já tinha feito peças infantis, mas com o Filipe La Féria é a primeira vez.

Como é actuar para os mais pequenos?
É muito mais difícil, mas dá muito prazer.

Qual é a personagem que interpreta?
Sou o leão.

E já sabe rugir?
Aprendi.

E conciliar as duas peças é fácil?
A vantagem de estar a fazer duas peças no Rivoli é que poso faltar a um ensaio para estar no outro. E acho que devemos aproveitar enquanto somos jovens, porque “sai-nos” do corpo.

É preciso dormir no Rivoli para conciliar tudo?
Eu tenho que dormir a minha “sestinha”, senão não há força para fazer o espectáculo da noite.

“PIAF”: A INDUBITÁVEL
“Devia ter sido vista por toda a gente”


Lamentam que o espectáculo “Piaf” tenha estado tão pouco tempo no Porto e não tenha voltado?
Paula Sá: Sim. Eu acho que tinha muitas possibilidades para estar no grande auditório do Rivoli,
tanto que no Politeama foi um sucesso.
Bruno Galvão: Foi muito positivo e acho que o espectáculo se poderia ter mantido por mais tempo no Porto, tanto por nossa vontade, como por vontade do público. Aqui no Porto foi mesmo
só para marcar a passagem do espectáculo, até porque não me pareceu ter sido muito divulgado.
Na altura, a produção estava mais preocupada com “A Gaiola das Loucas”. E depois quando
fizeram a “Piaf” em Lisboa, resultou muito bem, tal como nos Açores.



Em entrevista ao AUDIÊNCIA, Filipe La Féria confessou que “Piaf” não regressou ao grande auditório do Rivoli porque era um texto demasiado exigente para este público. Concordam?
PS: Eu acho que o público que o viu, adorou. E muitas vezes haviam comparações, que eram
inevitáveis, entre “A Gaiola das Loucas” e o “Piaf”, porque eram as duas produções do La Féria
no momento. E muita gente preferia a “Piaf”. Para nós era surpreendente, porque era uma
produção de baixo custo, sem grandes dimensões. Aquela nudez da peça e o choque que provocava, bateu e surpreendeu muita gente que estava à espera de ver coisas grandiosas
e depois se deparou com a crueza dos actores e com a vida dela, que é a própria peça. Isso também jogou a nosso favor.
BG: Eu discordo com o Filipe La Féria. Acho que, se voltasse, o “Piaf” teria sucesso, mesmo no
grande auditório. Por ser uma peça intimista, ficou no pequeno auditório. É uma história que
devia ter sido vista por toda a gente.
PS: Inclusive no Teatro Angrense resultou muito bem. Foi uma surpresa, mesmo para o Filipe
La Féria.
BG: Eu acho que nem o Filipe La Féria estava à espera que a “Piaf” fosse resultar assim. Penso
que só durante as gravações é que ele se começou a aperceber que o “Piaf” poderia ser um
grande espectáculo.

Esse espectáculo foi a prova de que, mesmo com actores pouco conhecidos, é possível ter sucesso?
PS: A Sónia Lisboa tinha as características físicas, vocais para fazer aquele papel. Filipe La
Féria viu logo que ela tinha o perfil ideal para encarnar aquela personagem.

“Piaf” ficará um marco na sua história de vida?
PS: Sim, foi um regresso. Eu tinha acabado de ser mãe e esse foi um presente para mim enquanto mulher e enquanto actriz.

Ambos estiveram nos Açores com “Piaf”. Que imagem resulta de terem representado no Teatro Angrense?
PS: Foi uma experiência fantástica. Eu nunca tinha ido aos Açores, foi quase como entrar noutro filme, parece que nem faz parte de Portugal. O cenário é diferente, as pessoas são muito queridas e o teatro é lindo. É um teatro antigo, recuperado, e que tem uma traça muito típica. Ainda por cima, esse teatro associa-me a uma grande estreia. Os Açores relembram-me um conjunto de
emoções.

BG: Eu adorei os Açores. Depois de dois meses de ensaios no duro, foi uma grande estreia.
Aquele teatro é lindíssimo, acolhedor, mas um grande teatro. Quem diz que o povo do Porto é acolhedor é porque não conhece o povo dos Açores. Fomos muito bem recebidos, o espectáculo correu muito bem. Foi uma semana de sonho.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Canto nono

O Bruno tem em mãos um novo projecto. Canto nono é o nome a que devem estar atentos, estão em ensaios estando para breve espectáculos.

Canto Nono é um projecto vocal a-capella inovador que nasceu em 1992. O Porto é a cidade-berço deste grupo composto por 8 cantores - 4 vozes femininas e 4 masculinas - e daí resulta o título do álbum de estreia: O Porto a Oito Vozes (2003).

No currículo do Canto Nono encontram-se trabalho com o mestre americano do canto a-capella Ward Swingle, nomeação para o prémio de melhor interpretação, na categoria de Folk/World Music, pela Sociedade A-Capella Contemporânea Americana, que reúne os melhores grupos vocais de todo o mundo.
O grupo do Porto é acima de tudo conhecido pelos excelentes espectáculos ao vivo, tendo percorrido o país de norte a sul.
O prestígio e qualidade do Canto Nono é inclusivamente reconhecido além fronteiras, tendo actuado em países como Macau e EUA.
Em 2001 o Canto Nono estreou-se aquando da programação cultural do Porto 2001, com o espectáculo "Sons do Porto - A cidade a Oito Vozes", dirigido por José Mário Branco, com textos entre outros de Carlos Tê. O espectáculo foi um sucesso, esgotando todas as datas.
Deste espectáculo resultou o disco O Porto a Oito Vozes - um percurso musical e sonoro pela cidade do Porto, pela sua História, pelos seus bairros, épocas e gentes, classes sociais e festas populares, num registo com um toque teatral e temperado q.b. com excelente bom-humor.
(fonte)


Sei que o site vai ter melhoramentos e actualizações dos nomes dos membros, desde já deixo-vos o myspace do grupo para que possam conhecer um pouco do trabalho deles: http://www.myspace.com/canto9